E se lhe disser que os músicos são atletas de alta competição e, como tal, se devem preparar física e psicologicamente para a sua profissão, tal como um atleta o faz? As exigências físicas e psicológicas pelas quais esta população é sujeita podem potenciar o aparecimento de quadros de dor aguda e crónica, afetando negativamente o rendimento e performance do músico ao longo da sua carreira. De forma a reduzir o aparecimento destes fatores, temos uma ferramenta que é acessível a todos e é uma ferramenta-chave: o exercício físico.

Qual a semelhança do músico com um atleta de alta competição?

O corpo de um músico é submetido a movimentos altamente complexos, durante longas horas diárias de prática, ao longo de muitos anos. Como tal, executar música a um nível de elite requer sistemas neuromusculares e sensoriomotores bastante desenvolvidos e integrados (1).

Saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “é o completo bem-estar físico, mental e social, e não só a ausência de doenças ou enfermidades”. Desta forma, como é crucial intervirmos nas componentes físicas, também o é nas componentes mentais e emocionais. A saúde mental é fundamental para nossa capacidade coletiva e individual como seres humanos de pensar, emocionar, interagir uns com os outros, ganhar e aproveitar a vida.

Como se sabe, a componente emocional, tem um impacto comprovado na perceção à dor e nos limiares de dor, no sentido em que o aumento dos níveis de ansiedade, stress, medo têm uma correlação com o aumento da severidade e da perceção de dor e com a diminuição dos limiares de dor (um estímulo que antes não provocaria dor, agora, o mesmo estímulo, inicia o mecanismo de dor).
Tocar um instrumento profissionalmente exige significativas exigências físicas (movimentos repetidos, posturas assimétricas e não naturais) e psicológicas (exposição pública, objetivo de sucesso, risco de serem julgados, rivalidade, erros impossíveis de corrigir durante os concertos), podendo, principalmente, esta última ser um fator para o desenvolvimento de stress e ansiedade (2).
Conforme o músico progride nas suas habilidades, o repertório torna-se cada vez mais desafiador, exigindo mais tempo de prática (1).
Para então alcançar a epifania da profissão musical, esses atletas meticulosos e artísticos persistem com a prática e o trabalho a um nível elevado de stress físico, tornando-os altamente suscetíveis a lesões neuromusculoesqueléticas (PRMD) (1).

PRMD é definido como qualquer dor, fraqueza, formigueiro, adormecimento ou outro qualquer sintoma que interfere com a habilidade de tocar o instrumento ao nível a que se está habituado (3).

Quase metade dos músicos experienciam PRMD que podem ameaçar ou acabar com as suas carreiras. Evidência recente demonstra que a percentagem de músicos afetados pela PRMD varia entre 64 a 94%, podendo mesmo ameaçar ou acabar com as suas carreiras (4).
Chan et al observaram que a prevalência de PRMD nos músicos profissionais de orquestra quase duplicam na época de concertos (5).
Um músico deve, assim, ser inserido num grupo ocupacional de elite com exigências físicas especificas no seu trabalho e as complexas skills neuromusculares e de exercício diárias exigidas aos músicos que trabalham a um nível profissional podem ser comparados às exigências de treino e desempenho dos melhores atletas.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO?

Individuais:

    • Características Fisiológicas (idade, género): as mulheres têm maior probabilidade de sofrerem lesões que os homens. O que pode ser explicado pela maior carga muscular relativa imposta para a mesma tarefa nas mulheres quando comparado com os homens. Estudos apontam, também, maiores níveis de ativação muscular e menor variabilidade motora para a mesma tarefa (6).
    • Lesões prévias;
    • Ausência de comportamentos de prevenção;
    • Falta de condicionamento físico – o condicionamento físico é necessário para manter a boa postura ao tocar um instrumento durante longos períodos de tempo. Alem disso, um bom condicionamento físico ajuda a retardar o aparecimento de fadiga, a uma recuperação mais rápida após estudo/ ensaios/ concerto e a manter durante mais horas uma técnica instrumental mais eficiente (6).

Físicos e Biomecânicos:

  • Instrumento (características: peso, forma, altura; técnica individual; hábitos de estudo) – o peso, forma e altura do instrumento implicam diferentes requisitos físicos, podendo potenciar a fadiga e outros tipos de lesões (Sousa, Machado, Greten, & Coimbra, 2017) . A pobre técnica associada a longas horas de estudo sem descanso, provoca posturas menos otimizadas e potencialmente mais lesivas (6);
  • Movimentos repetidos, constantes e precisos executados sem precauções ergonómicas (4);
  • Posturas assimétricas – podemos comparar esta situação a um atleta que pratica um desporto predominantemente unilateral. Estes realizam um trabalho complementar de treino, trabalhando ambos os lados do corpo, de forma a diminuir as compensações decorrentes da sua atividade. Como tal, o músico deverá ter as mesmas preocupações, diminuindo a probabilidade do aparecimento de desequilíbrios musculares, devido a posturas unilaterais não naturais (4);
  • Sobrecarga muscular (rácio carga aguda-crónica) (7).

 

Organizacionais e psicossociais

  • Baixa latitude de trabalho (7);
  • Falta de intervalos na prática individual e nos ensaios (5);
  • Pressão autoimposta e pressão imposta por fatores externos, potenciando ansiedade, depressão e stress (1, 8);
  • Traços de personalidade: tendência para somatização e perfeccionismo extremo.

 

QUE BARREIRAS PRECISAM SER VENCIDAS NO TRATAMENTO DE UM MÚSICO?

Ao contrário da comunidade desportiva, perceções culturais negativas em relação à lesão dentro da comunidade musical pode representar um desafio na implementação de um melhor modelo de saúde (1,9).
As lesões na comunidade musical podem estar associadas a sentimentos de inadequação profissional ou vergonha, conotações negativas de competência técnica inferior, levando à ocultação da mesma, atrasando a implementação de um programa de reabilitação adequado (9).

De acordo com Llobet, os músicos tentam lidar com a PRMD em segredo, dado que têm medo de ter que parar de tocar e, consequentemente, perder os seus trabalhos (10).
(3).

Os músicos geralmente têm pouco contacto com profissionais de saúde especializados em artes cénicas. Ao longo da sua formação académica e vida profissional, os músicos não recebem educação especializada em saúde e aconselhamento para ajudar na reabilitação de lesões ou para reduzir riscos potenciais de lesões. Além disso, os músicos normalmente não participam noutras atividades de treino suplementares para apoiar o seu desempenho como os atletas (1).
Num estudo, onde se inquiriu os músicos acerca das fontes de informação relacionadas com a saúde, 40% dos inquiridos reportaram que não encontram informação facilmente acessível sobre as PRMD’s (11).
Como tal, é urgente aumentar o conhecimento de estratégias de prática saudável e implementar medidas de prevenção de lesões personalizadas especificamente para músicos, seguindo abordagens semelhantes à SportsMedicine, de forma a reduzir a suscetibilidade dos músicos a uma variedade de distúrbios musculoesqueléticos (1).

O QUE É IMPORTANTE AVALIAR PARA DEPOIS INTERVIR?

Um músico profissional é um atleta de alta competição altamente especializado. Como tal, necessita que o seu corpo esteja capacitado para tal exigências, sendo, para isso, importante um acompanhamento individualizado, tendo em conta as suas características e necessidades.

Numa primeira abordagem é impreterível realizar uma avaliação individualizada e minuciosa ao músico. O nosso objetivo é avaliar o sistema musculo esquelético a nível das componentes de mobilidade, estabilidade e força, inicialmente, através dos padrões fundamentais de movimento e, posteriormente, através da segmentação dos mesmos.

Todos os movimentos que produzimos envolvem o pilar e entenda-se pilar pelas regiões que envolvem os ombros, tronco e ancas. O pilar dá-nos um eixo central pelo qual nos movemos. Através de um pilar estável, somos capazes de capturar energia e transferir força para os segmentos distais, tornando o corpo mais eficiente a produzir força, velocidade, potência e endurance com menos esforço.
Se o movimento é disfuncional, tudo o que for construído sobre essa disfunção pode ser comprometido, como tal é fundamental conseguir detetar regiões disfuncionais (ex: regiões hipomóveis-hipermóveis; regiões com menor estabilidade/ controlo motor), dado que estas alterações podem levar a que as regiões ao seu redor sejam sobre solicitadas, causando desequilíbrios musculares, fadiga precoce e maior probabilidade de lesão. Hipomobilidade é uma condição na qual as articulações têm uma amplitude de movimento menor que os limites normais, tendo em consideração a idade, sexo e a origem étnica do indivíduo. Desta forma, hipermobilidade é uma condição na qual as articulações têm uma amplitude de movimento para além dos limites normais.
Limitações significativas dos padrões de movimento fundamentais, mesmo que sem dor, podem causar compensação, levando a uma eficiência pobre, problemas secundários e aumento do risco de lesão (12).
Contudo, é importante salientar que bons padrões de movimento não garantem que não haja lesão. Uma vez que os movimentos fundamentais estão aprimorados, outros fatores como a força, endurance, coordenação e aquisição de habilidades também têm um papel importante na redução do risco de lesão (12).
A mais recente evidência sugere que o movimento se altera após lesão e que essas alterações podem ocorrer em diversas articulações longe do local da lesão. Como tal, a dor afeta negativamente o controlo motor.

A dor é um sinal de alarme. Muito antes de representar um problema crónico, ela alerta-nos para potenciais problemas de alinhamento, sobreuso, bem como desequilíbrios musculares.
Se abraçamos todos os outros sinais de alarme na nossa vida (como por exemplo, um computador que emite um alerta de vírus e nós tentamos descobrir e eliminar a causa), porque é que quando é com o nosso corpo, tratamos como se fosse um inconveniente e, quantas vezes o cobrimos e ignoramos?

O processo de reabilitação deve, portanto, não apenas eliminar o episódio de dor, mas também otimizar as regiões disfuncionais e gerir os fatores de risco de recorrência.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO?

Visto que os músicos profissionais frequentemente são sujeitos a longos ensaios e concertos que envolvem atividades extremamente repetitivas, é sensato educá-los sobre os riscos potenciais a que podem estar expostos.
Os fisioterapeutas que trabalham com músicos profissionais devem ser capazes de fornecer conselhos de saúde especializados e relevantes para promover estratégias ótimas de redução do risco de lesões e de gestão das mesmas, permitindo aos músicos sustentar com segurança as cargas de execução altamente repetitivas.
Conselhos sobre o agendamento de sessões de prática privada, descanso e descanso relativo após a lesão, nutrição básica e hidratação, condicionamento físico geral e identificação e gestão precoce da lesão são alguns dos exemplos.
Intervalos
Reportórios mais intensos devem ser praticados com menores durações com intervalos de repouso mais frequentes ou com reportório menos intenso, de forma a diminuir a fadiga (1, 13).
Quando possível, distribuir a prática durante o dia, garantindo um adequado repouso e recuperação do corpo, o que permite melhor refinamento e consolidação das skills (1).
É recomendado um intervalo de 5 minutos a cada 25 minutos de execução. Se reportórios mais intensos e mais difíceis, devem fazer mais intervalos. Se práticas mais longas (45-60 min), os intervalos também devem ser mais longos (10-15min) (1, 14).

Gestão da carga Aguda-Crónica
As lesões por sobrecarga ocorrem, por isso, quando a carga que impomos aos tecidos, ultrapassa a capacidade dos mesmos (7).
Durante períodos de aumento de carga (número elevado de concertos e ensaios), os músicos podem necessitar de reduzir a prática física instrumental e usar estratégias práticas, tais como a prática mental (1, 15).
Durante períodos de diminuição da carga (férias), os músicos devem, gradualmente, expor-se a durações e intensidades mais elevadas de prática privada antes de retomarem às cargas totais de trabalho (1, 15).
Em suma, os músicos de orquestra devem planear cuidadosamente os seus horários de prática privada, bem como monitorizar a sua carga total de execução para reduzir o risco de desenvolvimento de PRMDs.

Nutrição e Hidratação
Em atividades de endurance de baixa intensidade, aproximadamente 60% da energia advém de fontes de hidratos de carbono. Isso sugere que antes dos ensaios e concertos, a alimentação de um músico deve incluir HC, depois gorduras e proteínas. HC de baixo a médio índice glicémico, serão, provavelmente, os ideais para permitir que a energia seja sustentada por longos ensaios e concertos. Fontes de gordura e proteína fornecem aproximadamente 25 e 15%, respetivamente, da energia durante atividades de endurance de baixa intensidade. Após longos ensaios/ concertos, consumir uma fonte alimentar de HC de IC mais altos, bem como proteínas, são adequados para repor de forma otimizada as reservas de combustível esgotadas e para facilitar o reparo de qualquer quebra de fibra muscular que possa ter ocorrido (16, 1).
De igual forma, a hidratação é um fator importante a ter em conta. Se os músicos se encontram desidratados antes dos ensaios/ concertos, sintomas como fraqueza muscular, cansaço, dores de cabeça, tonturas e vertigens podem ocorrer, afetando potencialmente a performance. Para além disso, a função cognitiva também poderá ser afetada (1, 17).

COMO É A ADAPTAÇÃO DO TREINO NUM MÚSICO?

Os músicos necessitam de níveis ótimos de força, endurance, mobilidade e controlo motor para executarem ao mais alto nível diariamente (7).
O objetivo de aumentar a capacidade individual, otimizar o desempenho e reduzir o risco de lesão é melhor alcançado quando toda a carga (interna e externa) é monitorizada e gerida com o objetivo de equilibrar a relação de carga aguda / crónica para que o indivíduo não seja exposto a aumentos excessivos e rápidos na carga em relação ao que está preparado (7).
A alta prevalência de PRMD sugere que a demanda de trabalho é superior às capacidades individuais e que são necessárias estratégias para restaurar este equilíbrio (7). É, desta forma, importante aumentar a capacidade individual (através de treino físico), dado que um aumento da capacidade máxima leva a um aumento da tolerância do sistema musculosquelético ao stress, resultando num aumento da capacidade de reserva e numa redução relativa da carga (7).

A realização de treinos de força e cardiovascular têm sido sugeridos como elementos importantes para manter uma carreira longa e com saúde nas artes performativas. Há benefícios físicos e psicológicos associados, tais como na capacidade cardiovascular, endurance muscular, tempo de reação e diminuição da ansiedade e sintomas depressivos (1,18).
Estudos recentes demonstram que músicos que realizam nenhum ou pouco EF consideram as exigências do seu trabalho mais intensas do que os músicos que realizam EF regularmente, o que demonstra que a perceção de esforço destes durante os ensaios era significativamente mais baixa que os músicos que praticavam pouco ou nenhuma atividade (2).
EF tem sido associado a níveis baixos de ansiedade na população geral. Músicos que reportam ser fisicamente ativos tem níveis mais baixos de ansiedade relacionados com a performance do que os inativos, exibindo, também, menos ansiedade após concertos (19, 20).
Têm sido reportados, de igual forma, melhorias na postura, redução da sintomatologia (nomeadamente da dor) percebida pelo músico e redução da frequência e severidade das PRMD’s (18).
Os ganhos de força parecem ter o potencial de levar a melhorias na biomecânica, propriocepção e eficiência do movimento, suportados pelas alterações positivas notadas pelos músicos em relação ao movimento, à consciência corporal e às posturas relacionadas com a prática do instrumento e nas suas tarefas quotidianas (1).
É, como tal, imprescindível proceder-se ao planeamento de um programa de exercícios orientado para as necessidades encontradas na avaliação, de forma a colmatar as limitações do indivíduo.
Apesar do plano de exercícios ter de ser ajustado às necessidades do músico em questão, à partida, segundo alguns estudos, a inclusão, desde início, de exercícios que foquem a otimização da estabilidade da cintura escapular, endurance da coifa dos rotadores, bem como de exercícios de controlo lombopélvico são importantes.
Tem sido proposto que, nos músicos, a musculatura do membro superior tende a ser sobrecarregada, enquanto a musculatura proximal de membros superiores e musculatura do tronco tem tendência ser negligenciada (3).
Exercícios de estabilização escapular e endurance da coifa dos rotadores são importantes, dado que a maior parte das queixas reportadas pelos músicos se encontrarem no quadrante superior do tronco e dado que estabilidade proximal do ombro tem sido associada a um aumento da destreza e força da mão (21).
Exercícios de controlo lombopélvico são, de igual forma, importantes para suportar os movimentos dinâmicos de membros superiores, os quais estão envolvidos na prática do músico (3).
Em conclusão, o treino físico especializado e orientado para a população em causa, deveria ser considerado uma parte integrante da formação de um músico, tendo em conta que o mesmo permite que os músicos estabeleçam uma base atlética geral, de forma a estarem mais bem preparados para enfrentar as exigências da sua profissão.

BIBLIOGRAFIA:

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3. Ackermann, B., Adams, R., & Marshall, E. (2002). Strength or endurance training for undergraduate music majors at a university? Medical Problems of Performing Artists;
4. Sousa, C. M., Machado, J. P., Greten, H. J., & Coimbra, D. (2017). Playing-Related Musculoskeletal Disorders of Professional Orchestra Musicians from the North of Portugal: Comparing String and Wind Musicians. Revista Científica da Ordem dos Médicos;
5. Chan, C., Driscoll, T., & Ackermann, B. (2014). Effect of a Musicians’ Exercise Intervention on Performance-Related Musculoskeletal Disorders. Science & Medicine;
6. Gallego-Cerveró, C., Ros, C., Sanchis, L., & Martin, J. (2019). The physical training for musicians. Systematic review. Sportis Scientific Technical Journal of School Sport, Physical Education and Psychomotricity;
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10. Llobet, R. (2004). Musicians’ health problems and their relation to musical education. Barcelona and Tenerife: XXVI Conference of the International Society for Music Education & CEPROM Meeting;
11. Matei, R., & Ginsborg, J. (2020). Physical Activity, Sedentary Behavior, Anxiety, and Pain Among Musicians in the United Knigdom. Frontiers in Psychology;
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16. Manore, M., Meyer, N., & Thompson, J. (2009). Sport Nutrition for Health and Performance. Human Kinetics;
17. Jéquier, E., & Constant, F. (2010). Water as an essential nutrient: the physiological basis of hydration. European Journal Of Nutrition;
18. Andersen, L., Mann, S., Juul-Kristensen, B., & Sogaard, K. (2017). Comparing the Impact of Specific Strength Training vs General Fitness Training on Professional Symphony Orchestra Musicians. Medical Problems of Performing Artists;
19. Rocha, S., Marocolo, M., Correa, E., Morato, G., & Mota, G. (2014). Physical Activity helps to control music performance anxiety . Medical Problems of Performing Artists;
20. Wasley, D., Taylor, A., Backx, K., & Williamon, A. (2012). Influence of fitness and physical activity on cardiovascular reactivity to musical performance. WORK: A Journal of Prevention, Assessment & Rehabilitation;
21. Chan, C., Driscol, T., & Ackermann, B. (2013). Development of a specific exercise programme for professional orchestral musicians. Injury Prevention;

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