O conceito de Mulligan® foi criado no início dos anos 70, por Brian Mulligan, um fisioterapeuta licenciado em 1954 pela New Zealand School of Physiotherapy. Atualmente este conceito encontra-se difundido pelos quatro continentes, pela excelente performance do seu criador e dos 45 professores que constituem a Mulligan Concept Teacher Association (MCTA) e, sobretudo, pela evidência clínica e científica que lhe é reconhecida. Numa época em que a prática baseada na evidência tem primordial relevância em contexto clínico, o Conceito de Mulligan, assume-se, cada vez mais, como um dos mais investigados. Com mais de 40 anos de existência, o conceito de Mulligan continua em desenvolvimento, sendo que nos últimos anos tem-se assistido à publicação de diversos artigos científicos em revistas reconhecidas pela sua altíssima qualidade e elevado fator de impacto.

Em que consiste?

A regra de ouro, na maioria das técnicas descritas por Brian Mulligan, é a AUSÊNCIA DE DOR, contrariamente a muitas outras técnicas de terapia manual.

A base do conceito de Mulligan centra-se na correção articular de Falhas Posicionais. O objetivo passa por restaurar o alinhamento articular e normalizar o eixo de movimento, eliminando assim a dor. A avaliação, além de considerar toda a história clínica do indivíduo, centra-se na procura do movimento acessório que permita o MOVIMENTO ATIVO do utente SEM DOR.

O movimento acessório passivo é mantido pelo Fisioterapeuta ao longo da amplitude de movimento SEM DOR que o utente realiza ATIVAMENTE – Técnica de Mobilização com Movimento. Se as técnicas de Mulligan estiverem indicadas para o utente os RESULTADOS serão IMEDIATOS – diminuição da dor e/ou aumento da amplitude de movimento.

Os excelentes resultados deste método não se limitam aos EFEITOS BIOMECÂNICOS. Nos últimos anos, para além de ensaios clínicos em disfunções e patologias específicas, os estudos científicos dedicam-se a perceber e demonstrar os EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS, nomeadamente na neuromodulação da dor e neuromusculares. De facto, em diversas disfunções e patologias, a repetição e as progressões na Mobilização com Movimento Ativo SEM DOR executados pelo utente, demonstraram a manutenção de RESULTADOS a LONGO PRAZO, o que dá pertinência aos efeitos supramencionados.

O conceito de Mulligan não esgota no consultório. As LIGADURAS são uma ferramenta útil e com resultados igualmente surpreendentes, e que permitem manter o componente de correção articular por mais tempo. Assim,o utente irá realizar várias “Mobilizações com Movimento” durante as tarefas dia-a-dia sem sequer se aperceber. Por outro lado, o conceito de Mulligan fomenta o AUTO-TRATAMENTO, existindo várias soluções para que o utente realize autonomamente as Mobilizações com Movimento, dando-lhe a consciência que tem um papel importante no controlo da disfunção e na reabilitação propriamente dita, e potenciando os resultados alcançados na consulta.

O conceito de Mulligan apesar da vertente de correção articular, não se centra apenas na(s) articulação(ões) da região dos sintomas. A Avaliação e Intervenção têm em conta todas as estruturas locais e à distância que possam interferir com os sintomas do utente. (Exemplo prático: Um utente com dor no ombro pode ver a sua sintomatologia diminuir ou até desaparecer, com uma Mobilização Cervical com Movimento do Membro Superior)

A utilidade e resultados demonstrados deste método não descartam outro tipo de intervenções. Por contrário, a procura da origem do problema do utente é a prioridade para que exista uma real resolução de cada caso. Assim, o trabalho de controlo motor e correção postural é também relevante, não só para que os resultados sejam melhores, mas sobretudo para que não existam recidivas. O Exercício Terapêutico e a Reeducação Postural Global (RPG), para além de outras técnicas manuais, podem ser um excelente complemento à intervenção que a FISIOVIDA providencia aos utentes que deles beneficia.

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