Quantas vezes já se questionou do porquê de ter alguma dor que teima em não desaparecer?
Por vezes, conseguimos associar claramente a dor a algum traumatismo recente ou mesmo antigo, ou a um esforço exagerado que foi realizado, ou mesmo a alguma patologia que já foi diagnosticada. Noutras ocasiões, ficamos sem resposta ao tentar perceber o porquê do surgimento de uma determinada dor, porque simplesmente começou a dar “sinal de vida de um dia para o outro”.
Mas porque é que uma nova dor surge?
Porque é que se desenvolvem tendinites, artroses, hérnias e muitos outros problemas?
Ou então, porque é que aquela dor que já tinha desaparecido há tanto tempo voltou a aparecer?
Será que os nossos problemas são fruto daquilo que vivemos e realizamos ao longo da vida?
Ou será que a herança genética transmitida pelos nossos progenitores marca a diferença mais significativa?
A realidade é que todos nós somos seres complexos. Todos nós nos encontramos sob a influência de inúmeras “agressões” de ordem física e emocional. Eis alguns exemplos:
– Posturas incorretas mantidas por tempo prolongado que sobrecarregam as estruturas músculo-esqueléticas;
– Gestos repetitivos no trabalho;
– Desportos que não dão tempo de repouso suficiente às articulações e músculos;
– Traumatismos diretos sobre o nosso corpo que deixam sequelas;
– Alimentação inadequada;
– Má hidratação;
– Stress diário;
– Dificuldade na gestão dos problemas pessoais que geram ansiedade.
Estes são, entre muitos outros, alguns dos fatores que podem contribuir para gerar alterações no nosso corpo que se vão somando dia após dia no nosso organismo.
ENTÃO, SE MUITOS DESTES FATORES ESTÃO PRESENTES NO NOSSO DIA A DIA, PORQUE É QUE NÃO TEMOS DOR DIARIAMENTE…..SEMPRE?
O nosso organismo está desenhado de tal forma, que o nosso sistema nervoso possui espalhado pelo corpo muitos receptores que detectam, de forma inconsciente para nós, qual o estado das estruturas a cada momento.
Perante as micro- agressões diárias a que somos sujeitos, estas não chegam a ser percepcionadas por nós a nível consciente porque as nossas defesas tentam resolver os problemas e manter o corpo estável antes que nos cheguemos a aperceber deles. O corpo vai portanto adaptando-se, e tenta encontrar posições de defesa para fugir à dor…Contudo…TUDO TEM UM CUSTO!
Como consequência destas compensações, há zonas que começam a ser sobrecarregadas e as tensões começam a acumular-se em diferentes pontos do corpo sendo que o dispêndio de energia para manter as funções aumenta…Surgem então disfunções, desalinhamentos corporais, desgastes articulares, tendinosos, discais. Tudo isto acontece sem que muitas vezes tenhamos noção.
Apesar do corpo tentar evitar a dor, surgem momentos em que por não conseguir resistir mais às tensões, ou porque a sobrecarga se tornou muito intensa, ou ainda porque as nossas defesas se encontram mais fragilizadas, o corpo cede! Surge então a sintomatologia que pode manifestar-se de inúmeras formas e em diferente locais. Muitas vezes é o acumular de vários fatores, que combinados fazem surgir um determinado quadro clínico ou despertar aquele problema que estava silenciado.
Por vezes, a dor torna-se consciente e desaparece algum tempo depois sem que tenhamos feito nada para a tratar. Também aqui muitas vezes o nosso corpo consegue encontrar estratégias para camuflar a dor, mas sem que a causa do problema seja tratado na verdade.
O QUE FAZER PARA INTERVIR E PREVENIR A DOR?
Tal como já mencionado, com o decorrer do tempo as compensações e a acumulação de tensão, levam à modificação das forças exercidas nas articulações, músculos e tendões. Existem então regiões do corpo que tendem a perder mobilidade (hipomobilidades) e ser mais rígidas, existindo outros segmentos que geram hipermobilidades compensatórias e são sobrecarregadas. Estas perturbações levam a uma danificação progressiva das estruturas do corpo em regiões especificas onde se instala a patologia músculo-esquelética.
Ao avaliar pormenorizadamente a postura e movimento corporais, é possível compreender que zonas estão mais desalinhadas e limitadas, que zonas sofrem mais tensões e onde estão a surgir as compensações. Analisar o corpo permite então não só perceber o que pode estar na origem de uma queixa atual, mas também os locais mais prováveis de virem a desenvolver patologia ou dor sendo possível atuar de forma preventiva!
Os fisioterapeutas e osteopatas da FISIOVIDA estão preparados para intervirem realizando esta avaliação e em conjunto com o utente quebrar o ciclo vicioso!
O tratamento deve ser entendido numa vertente não apenas para aliviar a dor, mas procurando perceber a sua causa mais profunda e atuar na raíz do problema, evitando as alterações do alinhamento, restaurando a mobilidade normal, libertando as tensões e promovendo uma postura mais correta.
Tratar deve ser muito mais do que aliviar uma dor! Deve ser também decifrar o mais possível a sua causa, compreender o corpo no seu percurso ao longo do tempo, restaurar o seu bem estar desde a profundidade, para que se sinta melhor hoje e continue a sentir-se no futuro.
Pense nisto!
Fisioterapeuta e Osteopata. Especialista em Reeducação Postural Global. Diretor Clínico da FISIOVIDA.
O fascínio pela fisioterapia e pelo empreendedorismo fazem com que a soma de ambas seja a fórmula perfeita encontrada pelo Samuel para, através da FISIOVIDA, ir ao encontro da sua maior paixão: transformar a vida das pessoas! Tem um enorme gosto pelo desporto sendo a prática de exercício uma atividade regular durante a semana, quer individualmente quer com os seus 4 filhos. Gosta muito de ouvir música e tocar o seu violino juntamente com a sua orquestra familiar. Viajar, de preferência em família e para destinos que possibilitem apreciar a natureza, é algo que procura fazer com frequência.