A Fisioterapia Respiratória é uma especialidade que atua em diversos contextos patológicos utilizando um conjunto variado de técnicas manuais e instrumentais de limpeza das vias aéreas (remoção de secreções), técnicas de controlo ventilatório, expansão pulmonar e torácica e exercício clínico. Estas técnicas têm como objetivo melhorar/controlar os sintomas, melhorar a ventilação e as trocas gasosas, aumentar a capacidade para o exercício e atividades de vida diária e prevenir as infeções respiratórias.
A avaliação é primordial. A anamnese e a história clínica são indispensáveis para perceber a evolução da patologia e o impacto na vida do utente. O exame objetivo será fundamental para avaliação clínica e funcional, recorrendo à avaliação dos sinais vitais, e em particular avaliação dos sons respiratórios por meio da auscultação pulmonar.

De facto, a auscultação pulmonar constitui a base da avaliação específica do Fisioterapeuta e é indispensável para a tomada de decisão terapêutica.

É um método barato e seguro, e com validação científica, que permite deduzir o que está acontecer com as estruturas pulmonares.
A auscultação e a análise dos ruídos respiratórios são uma referência direta e objetiva para a Fisioterapia respiratória, permite uma ação local e seletiva das manobras e orienta a indicação das técnicas e seus possíveis efeitos.
É importante compreender quando estamos na presença de um som normal ou de um som patológico, visto que uma situação patológica do pulmão afeta diretamente a transmissão do ruído captado pelo estetoscópio, concretamente nas suas propriedades físicas: timbre, intensidade, frequência e duração.

Estas propriedades permitem reconhecer quando estamos na presença de um ruído respiratório normal, diminuição/ausência do ruído respiratório (zona de hipoventilação) e/ou alteração no ruído respiratório normal.
Há ainda a possibilidade de detetar ruídos adventícios: fervores e/ou sibilâncias. Ambos traduzem uma obstrução da via aérea, por hipersecreção brônquica e/ou por broncospasmo, respetivamente.
Relativamente aos fervores, mediante as características do som transmitido é possível determinar qual o local da árvore brônquica afetada e permite adequar a técnica de intervenção.
Na presença de sibilâncias é indicado o uso de terapêutica inalatória, nomeadamente os broncodilatores. Após a ação é recomendada a auscultação pulmonar no sentido de aferir se as técnicas de fisioterapia respiratória poderão ser executadas.

A auscultação permite assim validar a intervenção da Fisioterapia Respiratória no contexto patológico agudo e crónico e nas diferentes faixas etárias, constituindo a base de uma intervenção individualizada, especializado e diferenciadora.

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